Pra você eu não preciso me fingir de doce. E você me descobre mais do que eu consigo mostrar.
Somente porque temo. Porque uso a razão, sem querer. Porque não consigo, e me odeio por isso.
Com você, só com você, eu senti novamente, ou talvez pela primeira vez, meu coração bater forte o suficiente.
Só de ouvir sua voz me pedindo pra ser seu cobertor de orelha.
E marejar os olhos de vontade de ter você por perto.
Ter coragem de encarar meus medos, só pra sentir sua respiração um dia.
Por você eu fecho meus olhos tarde.
Deixo pistas, nas entrelinhas.
E mesmo assim, não consigo te entregar, o meu pobre coração.
Fecho as mãos como uma menina boba.
Que tem medo do que desconhece.
[24 de janeiro de 2007]
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