31 maio 2008

As palavras me parecem sempre poucas. E ainda assim preciso delas. Mesmo que só eu saiba as pausas certas. Mesmo que somente eu e você, você e eu compreendamos o sentido.




A menina olha o relógio. Seus ponteiros nunca pareceram andar tão devagar.
E cada movimentar nunca lhe pareceu tão macio.
É o tempo que passa.
E faz ficar mais perto dela o dia.
O dia de desmaiar.
De fechar os olhos e perceber que a espera findou-se.
E que enfim, o menino não existirá mais somente dentro dela.
Mas estará ao seu lado...
Sem meias palavras.
Nem saudade.
Nem distância.
Nem nada.
Só o sentimento.
E o menino a beijar uma flor.
[31 de março de 2007]

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