Eu não sei falar do amor. Do amor naquele sentido. Talvez porque eu nunca tenha sentido meu coração bater forte o suficiente. Ou a minha respiração se perder de mim.
Talvez por isso eu elabore minhas próprias teorias. E tento segui-las cegamente. Talvez por isso eu tenha minhas regras inquebráveis. Por nunca ter sentido algo que me faça ter vontade de não tê-las. Fazê-las picadinho.
Quem sabe é pedra, o que tenho do lado esquerdo. Quem sabe é verde. Não sei.
O vale da solidão é comodo demais pra mim.
E eu me espreguiço.
Me canso.
Me deito.
Me esqueço.
[01 de dezembro de 2006]
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