Os meus olhos teimam em ver a cidade, cinza, sempre.
O meu coração insiste em sentir.
Saudade.
Minha alma reluta dentro do meu corpo.
Minhas pernas se cansam.
Minha mãos, soltas.
Meus ouvidos doem com seu barulho.
Mas a minha razão ordena calma.
Orderna que as lágrimas sejem enxugadas.
E a tristeza ocultada.
E a sensação de se sentir sozinha, em meio a multidão.
A razão me pede a paciência que eu não consigo dar.
E meu coração teima em procurar os motivos, em vão.
Meus olhos se perdem no que eu desconheço, no que eu não sinto, no que eu não amo.
Perdida.
Sempre.
A cidade cinza.
Por mais que a menina tente.
Como o cachorro, que caiu do caminhão de mudanças...
[30 de outubro de 2006]
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