23 março 2012
Às vezes penso que cresci. Mas continuo com as mesmas idéias de tantos anos atrás.
Eu continuo com esse sorriso amarelo no rosto. Tomando decisões sem pensar nas consequências. Acordando tarde. E reclamando da vida. Continuo lendo os mesmos livros. Chorando os mesmos filmes, os mesmos dramas. Xingo as pessoas pelo pensamento. Choro na TPM e tenho vontade de jogar tudo pro ar. Eu ainda aprecio uma boa comida, uma boa noitada e uma boa companhia. Só que agora encontrei uma boa companhia fixa. Preciso estar bem alimentada e ter dormido bem para garantir o mínimo de bom-humor. Ainda assino revistas que não tenho tempo de ler. Ainda sinto saudades de uma infância e uma terra que não voltam mais. Ainda luto para realizar pequenos sonhos, um bom salário e uma família grande.
Não uso mais os cabelos curtos. Me equilibro no salto diariamente e já uso creme anti-rugas. Exceto isso, eu continuo a mesma: nada parece mudar.
Agda Yokowo
20 março 2012
5 anos juntos.
1826 dias de cumplicidade, trocas e amizade incondicional.
43.824 horas de sorrisos, abraços, beijos, mãos dadas, DRs, conversas e um algo mais.
2.629.440 minutos de nós.
E começamos essa nova fase, cheia de descobertas... nos redescobrindo, nos reconstruindo para ser a família, a base da vida desse pequeno ser que é gerado dia-a-dia.
Te amo: duas palavrinhas tão corriqueiras para nós e tão cheias de significado. Eu já disse que te amo hoje?
10 março 2012
Com o tempo tudo passa. Pura balela.
Continue a ter as mesmas atitudes e tudo continuará do mesmo jeito.
O que faz aquela tempestade passar, é você se levantar daquele arrastão que a vida te deu e seguir em frente! Mudar, transformar, ter outras atitudes.
Por isso, menina, não espere do tempo coisas que ele não pode dar. Só você pode dizer à sua vida a mudança que você quer para ela.
Só você é capaz de fazer "tudo passar"...
Por isso, siga, persista, faça diferente, pense diferente... e no final, não leve a vida tão a sério! Divirta-se!
Agda Y.
26 fevereiro 2012
14 fevereiro 2012
Peço incessantemente um pouco de paz.
Um bocado de alívio para o meu coração. Um tanto de silêncio e um punhado de tranquilidade.
Abro a porta com calma, revejo pacientemente minhas escolhas e respiro devagar procurando respostas.
Sinto um vazio tão sem explicação.
E vou vivendo, entorpecida de realidade.
Sem forças para mudar ou insurgir.
No final, só o amor me faz permanecer.
Agda Yokowo
03 fevereiro 2012
Existiu em uma época distante uma terra perdida.
Perdida na memória dos que já se enfeitiçaram pelos Ipads, SKY e touch screem da vida que se leva.
E tão viva na cabeça de uma menina que ainda teima em sentir saudades.
Uma terra onde novembro era tempo de manga. Damas-da-noite perfumavam nossos sonhos. E a vizinha era o mais rápido meio de comunicação da cidade.
Um tempo em que diversão era ir para a praça ver as luzes de Natal. E festa de aniversário era enrolar brigadeiro a tarde inteira, encher balões e colocar roupa nova.
Ainda havia lojas de R$ 1,99 que faziam juz ao nome. Ainda havia crianças brincando na rua, sem precisar do olhar atento dos pais ou da babá.
Ainda se olhava com calma a vida passar, sentado na calçada.
Ainda se respirava fundo, se caminhava lento e não existia medo da noite.
Houve uma terra e um tempo, que infelizmente não voltam mais.
Agda Yokowo
27 janeiro 2012
Você lembra como me conheceu? Me pergunta incessantemente uma imagem do Facebook.
Se estudamos juntos, se você morava na minha rua ou até se nos topamos numa balada ou evento religioso é fácil dizer.
Conhecer um amigo é fácil, desafiador é descobrir o que se passa dentro dele.
Desafio maior é recordar em que momento de caminhos tão diferentes passamos a compartilhar confiança, lealdade, carinho e até mesmo saudade.
Quando te contei pela primeira vez um segredo? Quando passamos a nos entender por olhares? Ou rimos juntas da mesma bizarrice? Quando percebemos que no outro mora também um pouquinho da gente?
Sim, é assim que se (re)conhece um amigo.
Frequentemente me esqueço, mas acredito: amizade é existir no outro, em suas lembraças, num sorriso largo ou até mesmo numa nostalgia mais do que justificável.
Ainda que não nos falemos mais com tanta frequencia. Ou que nossos abraços sejam de ano em ano.
Não há fronteiras para o que sinto.
Agda Yokowo
24 janeiro 2012
Acima de tudo, aprendi que amor é liberdade.
É como se todos os dias a vida nos apresentasse diversas opções e nosso coração optasse por livre escolha em mais do mesmo.
Esse mesmo sorriso, essa mesma voz no pé do ouvido, esse mesmo mau hálito pela manhã.
E é assim que essa tal liberdade se traduz em fidelidade. Um amor que mereça assim ser chamado.
Agda Y.
18 janeiro 2012
07 janeiro 2012
Teimosa. Quero sempre ter a razão. Impulsiva. Orgulhosa. Necessito de conforto. Costumo considerar sempre os meus valores e princípios. Tenho dificuldade de me relacionar e confiar. E sou tímida, apesar de lutar sempre contra isso. Eu não sou perfeita. Eu sei. Mas você me ama, e isso me BASTA.
Agda Yokowo
05 janeiro 2012
Você faz parte do meu faz-de-conta mais perfeito.
Mesmo que a distância insista em nos separar.
Tola distância, mal sabe ela que eu adoro provar que sou mais.
E desafiar meus próprios medos.
Por isso me entrego.
Não se preocupe, sei que ainda vou sentir o gosto doce da ausência da saudade.
O gosto da ausência da ausência. E enfim, seremos só eu e você.
Agda Y.
04 janeiro 2012
Tem horas que a gente espera que o amor acabe. A gente aguarda. A gente quer a todo custo que ele escorra pelo ralo e liberte a mente do que ela não deveria ter conhecido.
Mas o amor não acaba. Ele continua. Ele é o halo do que a alma experimentou e nunca vai se esquecer. O amor permanece. Quase intacto. Mesmo que as pequenezas do corpo desiludam a realidade.
O amor em si é aquele. Que mora no olhar que olha e inspira. Que nos faz lembrar do porque se apaixonou.
E a vida segue assim. Aprendendo a desconstruir dogmas, realidades estáticas. Para amar de novo. Aguardando. Querendo a todo custo. Libertar a mente do corpo. Para amar sempre mais.
ANA MARGRIT
http://reversoconverso.blogger.com.br/
(Palavras que eu gostaria de ter escrito... Agda Y.)
Entre uma palavra e outra me sinto boba. Chego a duvidar.
Afinal, quando falo sobre uma menina correndo entre as mangueiras ou sobre a saudade de um tempo que não volta mais. Quando escrevo sobre lágrimas ou gargalhadas soltas no ar.
Duvido se alguém me ouve.
Os jornais só publicam um grande terremoto ou tragédias diárias que tentamos esquecer.
Enquanto eu... eu insisto em explorar minha própria alma.
Insisto em tentar desvendar os meus segredos.
Ou em, ao menos, fazer doce as tolices em que ainda acredito.
Agda Y.
(... pensando sobre algo que li de Rita Apoena)
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