28 dezembro 2011




De passado se faz o homem.
Aos 9 anos, enquanto corria por entre as mangueiras eu achei que havia encontrado a felicidade. Achei que a melhor coisa do mundo era sentir os cabelos balançando com o vento, enquanto apostava corrida de bicicletas.
Aos 12 anos, tive certeza que nada era melhor do que caça ao tesouro. E apostei que a vida era exatamente como os lances do Jogo da Vida.
Aos 15, comecei a duvidar de que algumas etapas eram obrigatórias. Imaginava viver o resto dos dias solteira, viajando pelo mundo ou salvando criancinhas na Africa.
Aos 16, sonhei com aquele beijo, mas a vida me obrigou a colocar meus pés no chão. Primeiro fora, primeira decepção. A vida não parou, apesar de eu pensar que tudo havia se acabado.
Aos 18, saí de casa, morei sozinha e comecei a desenhar um futuro sobre a areia movediça. Escolher uma profissão e traçar caminhos...
Acho que aí, comecei a duvidar.
Perdi minhas certezas.
Questionar era meu jogo favorito.
Por muito tempo apostei com a vida que eu sabia o que estava fazendo. Perdi quase todas as vezes. Até hoje, com 25 anos, não sei.
A única certeza que tenho é que enquanto estas covinhas estiverem no meu sorriso, é porque de fato a vida deve estar valendo a pena.


Agda Y.

Um comentário:

Rafaela Araújo disse...

Lindo texto!
E é engraçado como me identifico nele, a infância das certezas dos sonhos fáceis e prontos, a adolescênscia trazedno as primeiras decepções e a vida adulta nos confundido e a odo instante nos mostrando que a dúvida e a muitas vezes a maior constante.

beijos!