- Saudade.
- Saudade de onde?
- Ah, da terrinha, é claro. Do tempo que passa devagar. Da tarde quente. Do baralho. Da conversa jogada fora. Fofoca fraterna. Filme de faroeste de tarde. Saudade das mangueiras carregadas. Do cheiro de dama da noite. Do R bem puxado. De comer baião de dois a dois. De descansar ao lado do amor, dormir a tarde, cansar de descansar. De ligar pra elas sem ter que fazer interurbano. De ver como o tempo passa rápido. De quantas notícias não vi passar. E de me matar.
- Se matar? Ai, me Deus, acode aqui!
- Sim, me matar. Porque quando você vive tudo isso eu deixo de existir, com muito prazer!
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